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Foto do escritorJuliane Melo

A orientação da liberdade, por Eugênio Mussak

Atualizado: 5 de jul. de 2024

Existe um texto do Eugênio Mussak publicado na Revista Vida Simples chamado "Educar é Libertar". Em uma parte dele, o autor descreve duas possibilidades de viver a liberdade que podem te auxiliar em reflexões sobre a sua busca.

 

Essa é do psicanalista alemão Erich Fromm: há dois tipos de liberdade, a “liberdade de” e a “liberdade para”. Qual você defende? Eu prefiro a “liberdade para”. A “liberdade de” prega o desapego, a ausência de amarras. A “liberdade para” olha em direção ao futuro, está conectada aos sonhos, às realizações.

Em geral os dois tipos de liberdade estão associados, mas não necessariamente. Eu posso dizer, por exemplo, que estou “livre de” trabalhar com horários e prazos a cumprir, por isso estou “livre para” viajar pelo mundo ou para pensar em novos projetos. Neste caso, o “de” permite que o “para” exista. Só que nem sempre é assim. Às vezes, ao buscarmos a “liberdade de” perdemos a “liberdade para”.


O casamento, a relação a dois, é um bom exemplo disso. Tenho experiência nesse assunto, pois durante muito tempo em minha vida, eu preferi não ter vínculos, manter-me sem compromissos sérios, com relações apenas eventuais, avulsas, passageiras. Eu dizia que queria “sentir-me livre”. Livre? Será essa a melhor estratégia para alcançar a liberdade? Pode ser, mas apenas a “liberdade de”. Não manter uma relação fixa, não ter que dar satisfações, não assumir responsabilidades equivale a não estar apegado a nada, a ninguém. É estar livre de amarras. Mas e a “liberdade para”, que, no fundo, é a mais importante?


Só depois que o destino piscou-me o olho direito e colocou em minha vida uma companheira é que eu percebi que a “liberdade para” é muito mais significativa que a “liberdade de”, pois é ela que me permite escolher os caminhos, criar as possibilidades, viver a vida com intensidade. Só quem tem uma boa relação tem a liberdade verdadeira. Como homem, eu digo: nada como uma companheira, para compartilhar a vida. Dá alegria, segurança, vontade. Aliás, companheiro vem de “comer do mesmo pão”. Companheira é a mulher que compartilha o pão. Que se alimenta dele, o aprecia e não reclama se ele está duro, pois ela ajudou a prepará-lo.


Este é apenas um exemplo, mas há outros, observe. Muitas vezes a verdadeira liberdade vem quando aceitamos tarefas e assumimos grandes responsabilidades. Trata-se da plataforma para o futuro. Ficar anos atrelado a uma escola pode parecer uma prisão. Não é. É o passaporte para uma vida mais autônoma, livre. Pense nisso. O que interessa é a “liberdade para”. É para ela que devemos orientar nossos pensamentos.

 

Qual é seu tipo de liberdade predominante? Liberdade de ou Liberdade para? Independente de sua resposta, a Terapia pode te ajudar aprofundar essas reflexões. Entre em contato através do link abaixo.



psicólogo



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