A autora Clarice Lispector se dedicou a descrever questões subjetivas que em muito contribuem e nos ajudam a refletir sobre estados psíquicos.
Um rapaz fez-me essa pergunta difícil de ser respondida. Pois depende do angustiado. Para alguns incautos, inclusive, é palavra de que se orgulham de pronunciar como se com ela subissem de categoria- o que também é uma forma de angústia.
Angústia pode ser não ter esperança na esperança. Ou conformar-se sem se resignar. Ou não se confessar nem a si próprio. Ou não ser o que realmente se é, e nunca se é. Angústia pode ser o desamparo de estar vivo. Pode ser também não ter coragem de ter angústia- e a fuga é outra angústia. Mas angústia faz parte : o que é vivo, por ser vivo, se contrai.
Esse mesmo rapaz perguntou-me: você não acha que há um vazio sinistro em tudo? Há sim. Enquanto se espera que o coração entenda.
(*) Em A descoberta do mundo, Editora Nova Fronteira, 1982.
Para cada angústia, uma estratégia de defesa é acionada por nós. A Terapia individual pode te ajudar a conhecer a forma como você se relaciona com a sua angústia.